Mano, haxixe? Erva da boa?
Passo... Obrigado por perguntar, caro senhor.
Quantas voltas podemos nós dar pela Baixa sem que nos seja oferecido "haxe, erva da boa, coca da boa"? Bem, digo-vos que numa só volta é-me feita essa pergunta uma boa meia dúzia de vezes, o que nos faz começar a colocar algumas questões.
Em primeiro lugar eu até nem tenho um ar assim muito janado, nem sequer consumo, mas tenho com certeza qualquer traço que faz disparar o alerta destes caros senhores que tão amavelmente nos mostram a sua mercadoria.
As questões seguintes estão relacionadas com a mecânica da transacção em si. Bem sei que sou um nabo, não percebo nada destas manobras, mas dá algum jeito tratar destes negócios tão sigilosos em zonas tão movimentadas como a Baixa Pombalina? Não sei...
Os tipos que tenho visto não têm o que se possa chamar de uma figura bem apresentável, alguns apresentam até uma tendência para a ostententação de um certo fedor. E, correndo o risco de parecer um pouco obsessivo com questões de dentadura, digo-vos que as bocas desta gente estão longe de ser imaculadas. Um deles, e tenho de lhe agradecer não só pelo facto de tão atenciosamente ter querido saber se eu precisava de alguma coisa mas também pelo pretexto para escrever umas linhas, impressionou-me.
O senhor em causa tinha uns dentes, que parafraseando um colega meu com nome de apresentador televisivo, pareciam uma cremalheira de uma motorizada. Em muito mau estado mesmo. Lá veio ele com um ar bonacheirão mostrar um grande naco de haxixe. Olhei para o naco, vi aquelas dentuças...
E se eu realmente quisesse alguma coisa? Não ia ficar com aquele calhamaço todo, é evidente! Pediria o quê, talvez cinco Euros do material? Presumo que talvez correspondesse a uma décima parte do stock apresentado, teria de ser partido. A imagem que me assola é a do caro senhor, com aqueles dentes de farpas, trincar a minha dose. Nojo!
Muito bem que aquilo que ali me foi mostrado possa já ter andado na peidola de algum africano de visita ao nosso país. Mas de qualquer forma também é para moer a tola, não faz mal, pois não? Mais bactéria, menos bactéria, mais sarro, menos sarro, não é por aí...
Fico contente por as minhas drogas virem engarrafadas. Vasilhame, carica ou rolha de cortiça dão-me uma certa paz interior.
Quantas voltas podemos nós dar pela Baixa sem que nos seja oferecido "haxe, erva da boa, coca da boa"? Bem, digo-vos que numa só volta é-me feita essa pergunta uma boa meia dúzia de vezes, o que nos faz começar a colocar algumas questões.
Em primeiro lugar eu até nem tenho um ar assim muito janado, nem sequer consumo, mas tenho com certeza qualquer traço que faz disparar o alerta destes caros senhores que tão amavelmente nos mostram a sua mercadoria.
As questões seguintes estão relacionadas com a mecânica da transacção em si. Bem sei que sou um nabo, não percebo nada destas manobras, mas dá algum jeito tratar destes negócios tão sigilosos em zonas tão movimentadas como a Baixa Pombalina? Não sei...
Os tipos que tenho visto não têm o que se possa chamar de uma figura bem apresentável, alguns apresentam até uma tendência para a ostententação de um certo fedor. E, correndo o risco de parecer um pouco obsessivo com questões de dentadura, digo-vos que as bocas desta gente estão longe de ser imaculadas. Um deles, e tenho de lhe agradecer não só pelo facto de tão atenciosamente ter querido saber se eu precisava de alguma coisa mas também pelo pretexto para escrever umas linhas, impressionou-me.
O senhor em causa tinha uns dentes, que parafraseando um colega meu com nome de apresentador televisivo, pareciam uma cremalheira de uma motorizada. Em muito mau estado mesmo. Lá veio ele com um ar bonacheirão mostrar um grande naco de haxixe. Olhei para o naco, vi aquelas dentuças...
E se eu realmente quisesse alguma coisa? Não ia ficar com aquele calhamaço todo, é evidente! Pediria o quê, talvez cinco Euros do material? Presumo que talvez correspondesse a uma décima parte do stock apresentado, teria de ser partido. A imagem que me assola é a do caro senhor, com aqueles dentes de farpas, trincar a minha dose. Nojo!
Muito bem que aquilo que ali me foi mostrado possa já ter andado na peidola de algum africano de visita ao nosso país. Mas de qualquer forma também é para moer a tola, não faz mal, pois não? Mais bactéria, menos bactéria, mais sarro, menos sarro, não é por aí...
Fico contente por as minhas drogas virem engarrafadas. Vasilhame, carica ou rolha de cortiça dão-me uma certa paz interior.
1 comentário:
Eu também ficaria contente se a minha cannabis pudessem vir engarrafada ou pelo menos ensacada e devidamente rotulada... Mas infelizmente apenas as tuas drogas podem gozar essa liberdade... não porque são menos perigosas, não porque criem menos dependência, e nem porque façam menos mal... mas porque não há coragem para as legalizar. Até temos de continuar a fumar cannabis que provavelmente já viajou no cu de algum preto...
Enviar um comentário