sexta-feira, novembro 03, 2006

Olores

Hoje no metropolitano fui abalroado por algo já tão longe do meu mundo que me aturdiu. O olor inconfundível de uma paixoneta minha do liceu. Curioso, não perfumado mas agradável, irresistível, diria. Uma coisa bestial que não se descreve ou explica, apenas apelo.

Dei voltas sobre mim mesmo e depois, sem encontrar quem esperava ver, cá dentro, pelas memórias. Vi-me transportado para bancos de jardim no princípio do Outono, anos atrás, partilhando um par de headphones de um Walkman Sony com um temperamento estranho, insistia em tocar ambos os lados da cassete ao mesmo tempo, um para a frente e o outro invertido. Um apalpão aqui, um beijo ali. A magia de descobrir corpos e gente dentro deles.

Somos tão deliciosamente parvos quando putos...

4 comentários:

Anónimo disse...

olor?? odor!!

Anónimo disse...

olor?
odor, talvez!?
Eu

Mazinha disse...

Olor é sinónimo de odor...

Jonas disse...

Sim, e tem mais pinta. :P