sábado, outubro 14, 2006

Cromos Avulsos

Ver bons amigos que estão longe há algum tempo traz uns tremeliques e abanicos cá por dentro. Ajuda-nos a reparar em qualquer coisa ainda que desconexa. Aliás, pensando bem até conseguiria reconstruir a tortuosa e aparentemente disparatada linha de pensamento que me levou a estas últimas notícias de por baixo do manto, mas não interessa.

Há uns tempos li uma entrevista com o Tom Waits em que ele falava da sua infância. Cresceu numa pequena cidade e conta que praticamente só lá existia um exemplar de cada tipo de pessoas. Um sapateiro, um taxista, um bar, um polícia, um bêbedo, um louco, uma puta...

Sem querer fazer qualquer analogia entre este tipos e os cromos da minha vida, julgo que as minhas relações funcionam da mesma forma. Tenho um amigo deste tipo, outro daquele, uma amiga assim, outra assado... São poucos e de género único, assim como o tipo de relação que tenho com eles, não há duplicados nem sobressalentes. Um denominador comum: cromos (já o disse), mas cromos avulso, como aqueles negociados pelos coleccionadores sinistros que tinham banca no rossio. Cheguei a lá ir comprar a meia dúzia que me faltava na colecção que teimava em não sair.

Obrigado pelo presunto, gostei muito de vos ver, O. e M. Temos de fazer isto mais vezes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado/a pela presença. Cromos, como os chapéus, há muitos... Mas,como dizes,
"não há duplicados nem sobressalentes". Tal como os momentos são irrepetíveis. Voltaremos à carga. Em breve!
M & O