quarta-feira, outubro 11, 2006

Cadinho Infernal

É ainda com um pingo no nariz que relato este episódio.


No Sábado passado fiz uma excursão ao Martim Moniz, fui às compras. Arranjei uma série de chinesices de que andava à procura, ingredientes para culinária, essencialmente. Um desses artigos de mercearia foi uma embalagem de caril verde.

Hoje decidi testar a fórmula num caril improvisado de legumes e marisco. A embalagem trazia algumas indicações para a preparação, quantidade sugerida, etc... Achei por bem que para um principiante não deveria abusar na quantidade. Na embalagem estava indicado o uso de 50g do preparado, usei uma colher de sopa.

Com a primeira prova surge o choque, que porra de picante! Percebi imediatamente que o cozinhado não estava comestível para um comum mortal. O caril enunciou-se com grande brutalidade, com uma violência desnecessária, diria.

Tentei recuperar a tachada com um truque que uma cara amiga uma vez me mostrou, introduzir uma batata inteira com casca no tacho. Supostamente a batata, especialmente por descascar, absorve o picante, reduzindo a concentração, tornando o rancho comestível.

Posso atestar que funciona realmente em certo grau, o cadinho do inferno acabou por se deixar comer. Claro que foi precisa muita convicção e arroz branco. Cervejola também ajudou a controlar a queimada, só tinha uma. Mais houvesse que seriam consumidas.

Tenho uma certa apreensão em ter colocado o que sobrou numa caixa de plástico, estou de olho durante as próximas horas não vá derreter...

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