terça-feira, janeiro 30, 2007

Sim, Não ou...

Após a maratona de debate de ontem na RTP parece que os movimentos pelo NÃO se colocaram numa situação insustentável. Não concordam com a pergunta. Ora não concordando com a pergunta não poderão votar NÃO e SIM não votam. Não é para estes casos que serve o voto em branco?

Excluem-se desta categoria o CDS e mais uns 'notáveis' que realmente acham que as mulheres devem ser castigadas. São, pelo menos, coerentes. E é esta a questão do referendo, deve ou não ser a mulher penalizada caso pratique um aborto fora das situações consagradas pela futura legislação?

4 comentários:

FuckItAll disse...

Mas isso é o que eles querem, abstenção, porque sabem, como sabemos todos, que se os portugueses forem mesmo a votos o Sim é largamente maioritário.

Jonas disse...

Pois, também acredito nisso.

Mas, de facto, das duas três:
Se se acha que as mulheres devem ser criminalizadas vota-se NÃO; Se se julga que não devem ser perseguidas, mudando a lei, vota-se SIM; agora, se se acha que não é nenhuma destas a solução o que se faz?

E não falei propriamente em abstenção, votar em branco há-de ser também um sinal válido em democracia, não é?

Eu não entendo muito bem os tecnicismos da coisa, mas deparada com (agora levando a situação ao limite) uma maioria do voto em branco a nossa classe política ver-se-ia obrigada a formular uma outra solução e consequente pergunta.

FuckItAll disse...

Mas qual é o meio? Não devem ser criminalizadas nem deixar de ser? Isso não corresponde a nada... Ou são, ou não são.

Jonas disse...

Claro! Seria simplesmente a recusa de responder a essa questão. Mas é nesse estado que aquela gente está...